Reportagem Especial

Reportagem Especial

Realizada por estudantes de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau:


Breno Peres, Carlos Eduardo Mélo, Edwillames Santos, Rodrigo Passos e Wellington Silva

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Evolução da Hanseníase

A visão estigmatizada da hanseníase vista durantes milhares de anos perdura até hoje em vários lugares onde existe a doença. Infelizmente, muitos ainda carregam uma ideia distorcida da endemia. Aqui no Brasil, registros históricos afirmam que a hanseníase chegou com os primeiros europeus, durante a colonização. Ainda segundo essas fontes, o Rio de Janeiro teria sido a primeira cidade brasileira a apresentar os primeiros casos da doença, por volta de 1600. Em 1976, o país trocou o nome lepra por hanseníase, em homenagem ao médico norueguês que descobriu o micróbio, Gerhard Hansen. Há pouco mais de vinte anos, o isolamento compulsório dos portadores de hanseníase ainda funcionava no país, mesmo este tipo de tratamento tendo sido oficialmente extinto em 1962.

Com o avanço da medicina, em 1941, foi descoberta a primeira droga que combate a doença, a sulfona. Atualmente, o diagnóstico da doença é simples, fácil de tratar e tem cura. Porém, se diagnosticada e tratada tardiamente pode causar sérias consequências para os portadores, devido às sequelas que os incapacitam fisicamente. As primeiras manifestações são na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que apresentam perda de sensibilidade, sem evidência de lesão nervosa troncular. Elas ocorrem em qualquer região do corpo, mas, principalmente, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas, podendo, também, acometer a mucosa nasal. Segundo a coordenadora de enfermagem do Hospital da Mirueira, Rosa Maria Carlos de Albuquerque, a principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que as lesões de pele da hansen sempre apresentam alteração de sensibilidade.

Caso a doença não seja descoberta no início, a sua evolução causa danos aos nervos, principalmente nos troncos periféricos. Com isso, podem aparecer nervos engrossados e doloridos, diminuição de sensibilidade nas áreas envolvidas por eles, como olhos, mãos e pés, além da diminuição da força dos músculos. Essas lesões são responsáveis pelas incapacidades e deformidades características da hanseníase.

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